O valor do diálogo entre nós e como cultura entre os professores
A Educação escolar de uma criança nunca é resultante da intervenção de um único docente
13/04/2016
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Jornalismo
13/04/2016
Olá,
Eu sou Neurilene Martins, formada em Pedagogia e doutora em Educação e Contemporaneidade. Atualmente, estou à frente da Coordenadoria de Formação Pedagógica na Secretaria Municipal de Educação de Salvador (BA) e sou professora do curso de Pedagogia da Universidade Católica e do Centro Universitário Jorge Amado (Unijorge). Nos últimos 20 anos, atuei na formação de professores em redes públicas. Esse percurso profissional é marcado pela escuta aos docentes e pelo privilégio de aprender com eles.
Ao longo de três anos, fui colunista da revista NOVA ESCOLA e respondi dúvidas de leitores sobre sala de aula. Nesse tempo, emergiu como dilema central, nas diferentes vozes de educadores brasileiros, questionamentos sobre como favorecer o diálogo entre o ensino e a aprendizagem. As perguntas colocavam em debate estratégias e instrumentos para corrigir defasagens, a relação entre professor e aluno e temas relacionados à gestão da sala de aula. Agora, a conversa continua aqui neste espaço, com textos novos toda quarta-feira.
Traduzir intenções pedagógicas em intervenções bem-sucedidas na sala de aula e transformar projetos no papel em ações educativas inclusoras, que trabalham diferentes perspectivas educacionais, são temas que parecem desafiar o cotidiano das equipes. Percebo que a escola só consegue oferecer aos estudantes uma proposta cultural relevante, pertinente e atraente quando o projeto educativo é colaborativo e implementado por todo o grupo de professores. Fora dessa realidade, permanece uma prática acidental e episódica. O trabalho pedagógico pede conversa, diálogo, problematização, abertura para encontrar novas visões.
A Educação escolar de uma criança nunca é resultante da intervenção de um único docente. Portanto, ser professor ou professora na contemporaneidade significa participar de uma arte elaborada por muitas mãos. Assim, todo educador precisa valorizar a colegialidade, prática de tomar e realizar decisões em conjunto.
É necessário, então, problematizar: quais as estratégias instituídas e valorizadas pelos educadores para viabilizar os intercâmbios profissionais. O que é feito, de fato, durante o tempo reservado para o trabalho coletivo?
Meu objetivo neste blog é discutir como a escola pode funcionar como um ateliê de formação em que os profissionais dialogam e constroem ações colaborativas como, por exemplo, escritas compartilhadas de planejamento, corresponsabilidade pelos processos de avaliação e progressão, realização sistemática de estudos de caso e de seminários para a regulação do projeto político-pedagógico (PPP).
O diálogo entre educadores deve ser preservado como um valor na formação docente. Vamos garantir isso juntos?
Para começar nossa conversa, peço que conte, na área de comentários abaixo, que papel tem tido o diálogo entre os profissionais da área na escola em que você atua? Como os professores se organizam para se corresponsabilizar pela qualidade do ensino oferecido na instituição? Entre na roda de conversa e dê a sua opinião! Envie, também, outras dúvidas sobre sala de aula. Sua pergunta pode ser respondida nas próximas postagens.
Abraço,
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