Um novo paradigma para a Educação Infantil
Até o fim de 2019, as educadoras devem estar preparadas para as mudanças na Educação Infantil
01/08/2019
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Jornalismo
01/08/2019
Nasci na década de 1980, no interior de São Paulo. Nas férias, quando viajávamos para o litoral, meus pais faziam uma espécie de cama para eu e meus irmãos enfrentarmos as cerca de oito horas que nos levariam ao mar no porta-malas dos carros de grande porte daquela época. Ninguém usava cinto de segurança. Quando o dispositivo se tornou obrigatório, em 1997, foi difícil para eles reorganizarem a bagunça da “carroceria” e usarem esse equipamento. Meu avô, com sua alta quilometragem, sofreu ainda mais.
Retomo essa memória porque ela me lembra como as mudanças são doloridas. E as educadoras de creches e pré-escola têm pela frente uma grande mudança na maneira de trabalhar. Até o fim de 2019, elas e toda a rede devem estar preparadas para uma Educação que garanta direitos de aprendizagem para crianças de zero a 5 anos e as coloque como protagonistas.
Trata-se de um novo paradigma, garantido pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), e um salto considerável quando pensamos em bebês e crianças bem pequenas. Como rever a maneira de construir atividades para esse grupo, que continuará a exigir cuidados e zelo?
A reportagem de capa desta edição explica o que essa mudança representa para a etapa e como considerar as particularidades de bebês e crianças bem pequenas na progressão das aprendizagens e conquistas da Educação Infantil.
Buscamos também exemplos práticos de escolas que vêm norteando suas propostas para colocar as crianças em um papel ativo de aprendizagem. São inspirações que nos mostram como qualificar e dar intencionalidade às experiências dos pequenos. Uma abordagem que, esperamos, se torne tão natural quanto entrar no carro e colocar o cinto de segurança.
Lívia Perozim é editora de NOVA ESCOLA livia@novaescola.org.br
Foto: Lucas Magalhães/NOVA ESCOLA
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